Acordar cedo, meditar, fazer exercício físico, se alimentar bem, beber bastante água, ser uma boa mãe, se dedicar a educação dos filhos, buscar estar sempre bem vestida, maquiada e de unhas feitas, fazer mercado, dar atenção ao maridão, estudar e se especializar, se desenvolver na carreira, buscar aumentar seu faturamento, cuidar com a limpeza e organização da casa, trabalhar, sair com as amigas, dar atenção a família, cuidar da roupa, fazer terapia, colocar a leitura em dia, participar de um processo de coaching, não ficar doente, não depender de ninguém, não pedir mais nada ao marido que sempre demora pra fazer o que a gente pede (quando faz), ser forte e independente… ufa!!! Cansei só de escrever.
Tenho certeza que você, leitora, consegue facilmente dar sequência nessa lista infinita de coisas, não é mesmo? Pois bem, infelizmente vemos crescendo a quantidade de mulheres que, ao buscar seu lugar de empoderamento e independência sendo multitarefas, acabaram, muitas vezes, sobrecarregadas, cansadas e esgotadas, mergulhando em um ambiente de exaustão física, mental e emocional. Veja bem, eu não estou dizendo que se empoderar é algo ruim, pelo contrário, ele é necessário. O problema está quando caímos numa cilada de buscar dar conta de tudo sozinha (aliás, isso não é empoderamento). Isso pode acontecer por vários motivos. Pode ser porque você cansou de pedir ajuda para seu companheiro que acaba, por vezes, sendo mais um filho e um peso pra você. Pode ser porque você quer que as coisas aconteçam sempre no seu tempo e, se não for do seu jeito, não está bom, pois você é crítica demais. Pode ser porque você quer mostrar para si mesma que é forte e dá conta de ser uma super mulher. Eu não sei qual é o seu motivo, mas, uma coisa eu sei, se você não parar agora e redefinir suas reais prioridades e mudar seu comportamento, você corre sérios riscos de ir parar numa cama de hospital (ah não, você não pode parar não é mesmo?! Nem pensar em ficar doente).
Assim como você, muitas outras mulheres também estão frustradas, ansiosas e tristes por estarem nessa situação. Viver dessa maneira pode, realmente, te levar a desenvolver algum transtorno mental como Depressão, Estresse Crônico ou Burnout.
Você precisa aprender a pedir ajuda e abrir mão dessa necessidade de querer dar conta de tudo. Você não dá! Ou, até dá conta, mas a custo da sua felicidade e saúde mental. Ir em busca de qualidade de vida pode parecer um sonho para você nesse momento, mas considere a possibilidade de rever sua vida e colocar as coisas no seu devido lugar.
Nessa Campanha Janeiro Branco eu quero chamar a atenção de você, mulher, para a importância de cuidar da sua saúde mental. Você que cuida de tudo e de todos também precisa de cuidado e atenção. Tire um tempo para se dedicar a si. Investir energia e atenção para fortalecer sua autoestima, amor próprio e seu lugar no mundo.
Nós não nascemos para viver num ciclo de frustração, nós nascemos para sermos realizadas e viver uma vida com sentido. Pense nisso!
Priscila Vogt é psicóloga clínica especialista em Logoterapia. Natural de Curitiba/PR, atualmente reside em Florianópolis, é amante de praia, sol e natureza. Se apaixonou por ajudar mulheres a encontrarem seu lugar no mundo e resgatarem sua autoconfiança. Hoje atua no On Line, mas também tem consultório na Ilha da Magia. @psipriscillavogt